quinta-feira, 24 de maio de 2012

2 milhões já pediram: "Veta tudo, Dilma"


A ampulheta corre rápido no Palácio do Planalto. Estamos cada vez mais perto do prazo final que a presidente Dilma tem para se posicionar perante os brasileiros sobre o Código Florestal criado pelos – e para – os ruralistas. A grande maioria de seus eleitores já se posicionou: o povo quer o fim do desmatamento e a preservação das florestas, punição a quem desmatou e justiça para aqueles que respeitam a lei. Em poucas palavras, o veto total ao projeto.

Foi convocada às pressas nesta quinta-feira pela manhã, véspera da data limite para o anúncio oficial da presidência, uma reunião entre o Comitê Brasil em Defesa das Florestas, que reúne entidades e organizações em defesa do meio ambiente e do qual o Greenpeace faz parte, e os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Gleisi Hoffman (Casa Civil) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente).  

O Comitê, que congrega as principais organizações que pedem o veto total, decidiu por não fazer parte da reunião, já que foram pedidas duas audiências com a presidente Dilma anteriormente e ela sequer respondeu aos pedidos. Ao contrário disso, o setor do agronegócio – mais especificamente a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) – foi recebido duas vezes.

A Avaaz, com a parceria do Greenpeace e do WWF, conseguiu coletar mais de 2 milhões de assinaturas contra o Código. O diretor de campanhas da Avaaz, Pedro Abramovay, foi o único que compareceu ao encontro, para levar e protocolar as assinaturas. “Estamos mostrando que, do ponto de vista político, a presidente está numa situação de conforto para exercer seu poder de veto. São seus eleitores que estão pedindo”, afirmou.


Na parte da tarde foi realizado um protesto representando o veto total da presidente. Ao lado de um painel com as mais de 2 milhões de assinaturas e das mensagens “Desliga essa motosserra” e “Veta Tudo Dilma”, um ator vestido como a presidente simulou a assinatura.

Minutos depois, o vice-presidente da República, Michel Temer, adiantou que o veto da presidente não deverá ser total. “Serão vetos parciais”, limitou-se a dizer. Segundo a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, Dilma poderá sancionar o texto com vetos ainda no dia de hoje.

Do Greenpeace Brasil

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