O Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre chega na 4º edição com o status de grande festival. Hoje já é considerado um dos maiores do gênero no Brasil. Será realizado em Porto Alegre entre 08 a 17 de abril de 2012 e conta com o financiamento da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, patrocínio da Oi e da Caixa Econômica Federal, com apoio da Oi Futuro e SESC/RS. É uma realização da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Associação Rede do Circo.
O sucesso é creditado não só ao reconhecimento da sua equipe e dos artistas e pesquisadores participantes, mas, acima de tudo, pela aceitação da população da cidade de Porto Alegre. Estima-se que o público atingido diretamente em cada edição gire em torno de 90 mil pessoas.
O FTRPA tem como eixo central a democratização da cultura e da informação e fomenta a diversidade cultural e artística na capital gaúcha, cidade que se transforma neste período em sede de oficinas, workshops, lançamentos de livros, seminários e apresentações de grupos brasileiros. Segundo Alexandre Vargas, coordenador geral e idealizador do festival, “o teatro de rua é herdeiro da Commedia Dell`Arte do século XVI, mas hoje é difícil conceber um espetáculo de rua sem que seus artistas dominem as técnicas de interpretação, da dramaturgia dos espaços e diversos elementos. É preciso pensar em novos significados para os espaços públicos”.
A 4º edição recebeu 150 inscrições de 15 estados do País. Os participantes são o Grupo Teatro Andante (MG), com “A história de Édipo”; Coletivo Pulso (MG), com “Haikai – somente as nuvens nadam no fundo do rio”; Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades (RJ), com “A saga de Jorge”; Grupo Buraculo D´Oráculo (SP), com “Ser tão ser – narrativas da outra margem”; Brava Companhia (SP), com “Este lado para cima”; Grupo DePernasProAr (Canoas/RS), com “Mira–extraordinárias diferenças sutis igualdades”; Grupo Ueba Produtos Notáveis (Caxias do Sul/RS), com “O Bom Quixote–delírio urbano”; Terceira Margem Grupo de Teatro (POA/RS), com “Tocaia”; Grupo Motototi (POA/RS), com “I-Mundo”; Oigalê (POA/RS), com “Miséria servidor de dois estancieiros”; Performer Carla Vendramim (POA/RS), performance duracional “Organismo vivo”; Cia Rústica de Teatro (POA/RS), intervenção urbana “Desvios em trânsito”; Cia UmPédeDois (POA/RS), performance “O homem-banda” e a performance “PORTO: a cidade como palco de uma anti-diáspora” do Grupo Sarcáustico (POA/RS).
A força temática da 4º Edição explicita-se no eixo “formação” onde a rica diversidade cultural do país é uma realidade. Estão previstas as seguintes oficinas, workshops e palestras: oficina “Construção cênica e atuação em espaços urbanos” com o ator e diretor Chico Pelucio, integrante do Grupo Galpão (MG); Workshop “A cinética do invisível” com Matteo Bonfitto, ator, diretor e pesquisador teatral fundador do Performar-Núcleo de pesquisa e criação cênica (SP); workshop “A investigação sobre a dramaturgia da dança dos orixás”, com Augusto Omolú, um dos professores da ISTA (International School of Theatre Anthropology) e ator do Odin Teatret desde 2002; palestra "Cultura popular: a provocação de novos olhares de uma dramaturgia de rua", proferida por um dos maiores expoentes da dramaturgia brasileira na atualidade, o premiado Luís Alberto de Abreu, entre outros; palestra “Cultura popular: a provocação de novos olhares na dramaturgia de rua", com Luiz Alberto de Abreu, dramaturgo paulista premiado inúmeras vezes ao longo de 28 anos de carreira. São mais de 40 peças teatrais – escritas e adaptadas – em seu repertório, com destaque para a antológica Bella Ciao, as premiadas Borandá e Auto da paixão e da alegria, ambas encenadas pela Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes; e O Livro de Jó, montada pelo Teatro da Vertigem, espetáculo que veio ao Porto Alegre em Cena em 1996. É roteirista de cinema e TV e professor.
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